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Os apelos foram muitos, mas a minha resistência era bem maior. Foi o Douglas Cavallari, da Taller eMe, editor de três dos meus livros, que conseguiu convencer-me. Por isso aqui estou, para recordar algumas passagens da minha caminhada pelos esportes e a aviação.

Nasci na cidade de Santos, no litoral paulista, e desde criança gostei de praticar esportes. Acabei me formando em Educação Física e me pós-graduei em Administração Esportiva. Também competi por alguns anos pelo Clube de Regatas Saldanha da Gama, de Santos, Club Athletico Paulistano, de São Paulo e, como integrante da seleção brasileira de atletismo fui campeã sul-americana na prova de revezamento 4×100 metros rasos. 

1961 - Lima, Peru

Lima, Peru – Campeã sul-americana de revezamento, com Érica Lopes, Wanda dos Santos e Maria Lúcia Caldeira.

Anos depois, como uma forma de seguir próxima do esporte, passei a colaborar,  voluntariamente, com entidades ligadas ao atletismo. Nessa época tive duas experiências inesquecíveis: o privilégio de acompanhar os nossos atletas nas Olimpíadas de Moscou (1980) e Los Angeles (1984).

Olimpíadas de Moscou (1980) e Los Angeles (1984).

Para matar a saudade das competições, também migrei para a máquina de escrever. Em 1982, tive meu primeiro grande incentivo, quando venci o concurso literário promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

Olimpíadas de Seul, em 1988

 E, nas Olimpíadas de Seul, em 1988, fiz parte de um time incrível, trabalhando como consultora do departamento de esportes da Rede Globo de Televisão.

Para minha surpresa, esses trabalhos me levaram a uma experiência completamente nova. Em 2012, tive a honra de ser a embaixadora de Alberto Santos-Dumont no programa de televisão O Maior Brasileiro de Todos os Tempos. Consegui defender o nosso herói até a grande final.

2012 – Como finalista do programa O Maior Brasileiro de Todos os Tempos, do SBT, entre o príncipe João de Orleans e Bragança e o jornalista Saulo Gomes, respectivamente embaixadores da Princesa Isabel e de Francisco Cândido Xavier.

Foto: de Odenir Rocha – SBT

Agradecimentos

Foi um trabalho árduo, mas a paixão, a fé e a perseverança foram molas propulsoras da minha caminhada. Porém, não existe trabalho isolado, e o êxito de qualquer empreitada sempre será resultado da ação de muitos. Assim aconteceu comigo, porque tive a felicidade de conhecer pessoas que foram fundamentais para que eu atingisse meus objetivos em todos os assuntos que decidi pesquisar, para compartilhar posteriormente aquilo que aprendera.

Os diversos obstáculos obrigaram-me a desenvolver um caminhar lento, difícil, muito desgastante que, embora realizado às próprias expensas, foi altamente gratificante, porque sempre tive a certeza de que atingiria os objetivos propostos. E foi isso que aconteceu. Por ser impossível denominar a todos que me ajudaram ao longo do tempo, e por considerar que “antiguidade é posto”, vou homenageá-los por meio dos amigos que me honraram desde os primeiros passos que dei na fascinante estrada literária:

Major Sylvio de Magalhães Padilha, Presidente de Honra do Comitê Olímpico Brasileiro, que em 1976 me emprestou o livro Los juegos olímpicos de la Antiguedad, no qual iniciei minhas pesquisas sobre o Movimento Olímpico. Conhecedor da minha carreira esportiva e dos meus estudos, o Major Padilha designou-me para integrar as delegações brasileiras às Olimpíadas de Moscou e Los Angeles, concedendo-me a oportunidade de vivenciar momentos emocionantes e de muito aprendizado sobre o maior desafio esportivo de todos os tempos.

Engenheiro Geraldo de Andrade Ribeiro Júnior, meticuloso e competente, a partir de 1980 transformou-se em amigo-irmão e parceiro. Acompanhou-me nas primeiras pesquisas, tanto sobre o Olimpismo como a história da Aeronáutica Brasileira. Além de enriquecer-me com seus conhecimentos, Geraldo, que é colecionador de selos por excelência, encantou-me ao me apresentar o fantástico mundo da Filatelia, essa verdadeira ciência auxiliar da História.

– Dulcemar Augusta de Rezende, misto de amiga, irmã e mãe, por meio de quem conheci Bartolomeu de Gusmão e, por ele, ampliei meu interesse pela história da Aviação no Brasil. Dulcemar me apresentou um mundo novo, desconhecido e, por sua irrefutável honestidade e emocionante disponibilidade, concedeu novo sentido ao meu viver e se transformou em esteio espiritual a partir de setembro de 1993.

Antonio Carlos Kehl, que, com amizade, talento, carinho e muita arte, a partir de 1996 idealizou capas, projetos gráficos e editorações, valorizando visualmente os textos de meus livros.        Minha permanente gratidão a todos que tive a felicidade de encontrar, que me ajudaram demais e foram verdadeiros presentes oferecidos por Deus.

                     “Sempre que você vir uma pessoa de sucesso, você sempre verá as glórias, e nunca os sacrifícios que a levaram até ali.”

                                                                                                                                                                                                                      Vaibhav Shah